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O que as lendas fantasmagóricas podem dizer sobre uma cultura? Podemos encontrar traços reais da nossa sociedade? Essa é a proposta de Encontros à Hora Morta, uma obra que mescla histórias de terror e a violência contra a mulher.
A violência contra mulher é uma realidade que ultrapassa séculos e, nos dias atuais, o sexo feminino ainda luta por um direito básico, o direito à vida. Rotineiramente, somos bombardeados por notícias de feminicídio. Situação que não parece ter fim.
Estabelecendo novas formas de abordar e combater a violência contra as mulheres, Vanessa Ratton e Maria Valéria Rezende escreveram Encontros à Hora Morta, narrativa que relaciona as lendas urbanas de Santos (SP) e a violência de gênero.
Assassinadas, violentadas e perseguidas por uma sociedade que as inferioriza, o que essas lendas podem mostrar sobre uma realidade ainda vigente? A obra também apresenta outra terrível face da violência, as torturas ditatoriais realizadas no Navio Raul Soares.
Composta por 13 contos e com ilustrações de Alexandre Camanho, a obra é destinada para jovens a partir dos 14 anos. Encontros à Hora Morta é um lançamento da editora Florear Livros.
Vanessa Ratton é jornalista, mestre em Comunicação pela PUC-SP, escritora e poeta. É autora de O ratinho que não gostava de queijo,2017, Ed. Amare; Uma menina detetive e a máfia italiana, 2018, Ed. Trejuli; Nos mares do mundo,2019, Ed. Madrepérola. E Quando a Lua é Cheia, 2021, Ed. Pantograf.
Maria Valéria Rezende graduou-se em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Nancy (França) e em Pedagogia pela PUC-SP. Mestra em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba, atuou em diferentes regiões do país, em programas de formação de educadores. Escreve ficção, poesia e é também tradutora.
Publicado originalmente em Literalmente Uai